XI conclave “Família Savaris” em Siderópolis

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Encontro da “Família Savaris no sábado, 15 de outubro.
Iniciou na sexta-feira, 14 de outubro com recepção dos convidados no centro de eventos São Luiz Orione e no sábado celebração às 10h30 na matriz Nossa Senhora Aparecida e logo após confraternização com almoço no centro de eventos São Luiz Orione.

HISTÓRICO DA FAMILIA SAVARIS

Na Itália   Domênico Savarais X Domênica Gasperin tiveram  02 filhos Ângelo Savaris e  Nicollas Savaris .Ângelo   Savaris casou com Osana Della   Pietá e tiveram 05 filhos:

Giusseppe, Ana , Lúcia, Domingos , e Andrea .   

Ana Savaris nasceu na Itália em 1875. Casou  no Brasil com Ângelo Zilli ,em 1896, com 21 anos de idade. Eles tiveram 12 filhos. Genoveva,Augusta,Lúcia,Tereza,Abrão,Vitória,Francisco,Augustino,Maria,Pedro,Felicia e Ângelo.

Lúcia Savaris  nasceu na Itália casou no Brasil   com  José Scarmagnani. Tiveram 05 filhos: Bortolo, Ângelo ,Maria, Ana e Joana.

Domingos Savaris nasceu na Itália e casou no Brasil .Sua esposa era  da família Salvaro e tiveram um filho. Foram morar no Rio Grande do Sul.

Andrea Savaris   nasceu na Itália, casou no Brasil    e logo em seguida separou, mas   não teve filhos. Faleceu em 16|09|1944, em Siderópolis SC.

Giussepe  Savaris nasceu na localidade de Mussoi em Belluno na Itália, no dia 15|08|1859.

E casou-se na Itália com Martha Rossa Savaris em 1890.

No ano de 1891 migraram para o Brasil:  Giussepe , seus irmãos e com a esposa Martha  e o filho Guirino, na esperança de uma vida melhor. Aqui chegaram  na nova pátria, no estado de Santa Catarina, foram imigrantes , fundadores e colonizadores  de  Nova Belluno.

Ao chegar à referida clareira foi que Martha, num arroubo poético e com muita fé no futuro, teria exclamado: “Que lugar é este, sem nome, sem casas, no meio da floresta e cercado de montanhas, como nosso Belluno  que deixamos para traz” .Por mais de um século, a nossa  tradição, passado de pai para filho, foi que Martha havia dado para este lugar o nome de  “ Nova Belluno” ,mas nos registros de  estudos históricos o nome deste núcleo  já havia sido determinado.

O filho Guirino   faleceu ainda pequeno aqui no Brasil.A família Giussepe Savaris  fixaram residência  na comunidade de Santa Luzia. Tiveram mais 08 filhos e o primeiro teve o mesmo nome : Guerino,e os outros chamaram-se: Marcos, Domingos, Amábile, Ângela, Maria, Ângelo,  e João.

Guerino Savaris casou com Cândida Patel e  fixou residência em Rio Manin, na época Nova Belluno atualmente município de Treviso e tinha uma serraria,descascador de arroz e Atafona e era Carpinteiro.Tiveram 07 filhos: José, Felicidade,Restiel,Anália,Vitório, Vitalino e Igino.

Ficou viúvo e casou com Zelphira Salviato . Tiveram 02 filhos: cândida e Vilmar.

Marcos Savaris casou com Philomena Pasquali e fixaram residência em Morro da Fumaça SC. Tiveram 08 filhos: Laura, Laurindo, Lourival, Lídia, Laudelino, Lírio, Lindomar e Leida.

Ângela Savaris casou com Vitório Sartor  e também fixaram residência em Morro da Fumaça  SC.

Amabíle Savaris casou com Guilherme Patel e fixaram residência em Celso Ramos SC. Tiveram 09 filhos:

Domingos Savaris Casou com Inês Cecconi e fixaram residência emMedianeira(PR).Tiveram13filhos:Abel,Aquelino,Angelo,Juventino,Quintino,Dorvalino,Laudelino,Lourdes,Olivia,Elza, Maria Marta e José.

Maria Savaris  casou com Ângelo Sartor e fixou residência na Vila Nova(Içara) SC.

Ângelo Savaris casou com Adelma Pasquali e fixou residência em Santa Luzia (Siderópolis) SC. Tiveram 07 filhas: Clara, Olga, Alda,

Maria, Amélia,Aurora e Ângela.

João Savaris casou com Otília Cecconi e fixou residência em

Siderópolis SC. Tiveram10 filhos: Zoraide, Noêmia, Elena, Olírica,

Frederico, Olirio, Venício, Valmir, Pedro e Oliene.

Por volta de 1920  Giussepe e família foram morar com seu filho mais novo João Savaris e foram residir no Rio Sinffolin , hoje comunidade do Rio Albina .

O núcleo de Nova Belluno, com o passar dos anos  e a chegada da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a segunda guerra mundial acontecendo ,relatam os familiares   que escondiam a nona Martha para que não falasse, pois a língua italiana estava proibida no Brasil,  ela não tinha medo de falar e desconhecia o nosso idioma da língua Portuguesa. Passava o dia inteiro na beira do Rio Siffiolin   para não ser presa, as netas Zoraide e  Noêmia levavam a comida e só voltava para casa para dormir.

Martha   emocionada contava para os filhos  e netos que trabalhava num seminário de Padres, em Belluno da Itália, fazia hóstias .Em pleno século XIX onde a mulher  só cuidava da casa e dos filhos, Martha também entregava correspondências na cidade; era muito elogiada e competente, contava, que subiu radiante de felicidade numa escadaria para receber um prêmio; porém a família desconhece o motivo.

Rezavam o terço todas as noites de joelho. Ele batia no chão com a bota e as crianças não podiam rir enquanto rezavam. Iam a missa, eram muito católicos e faziam a   via sacra. Giussepe era rígido e ciumento, mesmo assim Martha tomava   suas decisões; mas também respeitava os mandos do esposo. Gostava de dançar e ensinava   as neta aos domingos a tarde, com seu vestido   de riscado rodado e tamanco rodopiavam bastante.

O café da manhã   que chamavam de colazione era polenta, queijo e abobrinha.

Ao meio dia polenta, queijo, puina , butiro, verduras e legumes.

A noite era ministra.

Nos domingos comiam macarrão com galinha e batata. Fazia um pão especial, preferido pelos netos e netas.

Giussepe e Martha eram criativos e modernos. Tinham um burrinho que levavam o milho para a atafona em Urussanga   e lá passava o dia inteiro esperando a farinha ficar pronta. Plantavam trigo também. Numa certa noite, uma onça ou tigre devorou o burrinho. Como os animais estavam sendo atacados, faziam vigília noite para cuidar de seus animais. Depois compraram um cavalo. A iluminação da casa era de lamparinas de querosene.

Martha pregando botão no punho da camisa do seu esposo Giussepe, que estava acamado por dois dias, gritou por seu filho João que Giussepe falecera em seus braços . Isso ocorreu na data de  02 de julho  de  1940   com 81 anos de idade.

Martha , nos últimos    tempo perdeu a lucidez, rezava a ladainha e cantava com um pedaço de pau nas mãos, varrendo os  pastos ao redor de casa.

Martha faleceu no dia 14 de julho de 1943, com   77 anos de idade ,com sintomas de AVC.